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Life Of Agony - Keith Caputo, hoje transexual, diz ter vivido no inferno desde os 19 anos

Em 2011 todos se lembrarão da revelação explosiva de Keith Caputo, vocalista dos lendários Life Of Agony, assumindo a sua transexualidade. O músico alterou mesmo o seu nome para Mina Caputo e tem feito comentários desde então que apontam para a supressão da sua identidade sexual desde os 19 anos.

“Estava fechado na cena do metal. O primeiro álbum que lançámos explodiu na Europa e eu não tive hipótese [de assumir a minha transição]. Não queria cantar numa banda. Queria ir para o Julliard, tocar música clássica e ter boa graduação. Via-me mais a viver uma vida feminina quando aos 19 anos todo esse princípio masculino tomou controlo. Estive no inferno durante anos,” confessou Caputo. “Foi mais o sentido de responsabilidade e o não querer deixar mal as editoras, o management, a banda e os fãs,” explicou.

Quando vem à baila a questão da transexualidade, é fácil pensar-se numa operação aos genitais. Mas Caputo vem defendendo há uns tempos que o sexo está mais na mente do que no físico. “Sinto-me bem com o que tenho aqui em baixo. A maioria das pessoas não percebe que há mais para além de ser mulher do que vestir roupas femininas e usar maquilhagem. Pensa-se que ter um corpo masculino faz de alguém um homem. Não vão perceber a questão enquanto não compreenderem o que realmente se passa no subconsciente e no que eu gosto de chamar o sexo subconsciente,” afirma.

Caputo não esconde que tem sido vítima de represálias e discriminação, mas não mostra qualquer receio. “Já tive alguns episódios. Mas se alguém tentar me lixar não hesitarei em cortá-lo ao meio como um pedaço de carne. Farei tudo para me proteger. Não quero magoar ninguém, mas se alguém me puser a mão em cima vou reagir. O meu pai está na prisão há muito tempo, por isso, só pelo facto de vestir uma saia não quer dizer que não tenha tomates.”
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