«Crescemos ao ponto de esgotar o estádio do Wembley»: John Petrucci [Dream Theater]
John Petrucci abordou em entrevista ao site Pollstar.com o facto de os Dream Theater serem maiores fora do seu país. Para o guitarrista, as razões podem ser culturais, mas devidas ao árduo trabalho da banda na estrada.
“Esta é uma boa questão. Não tenho 100 por cento de certezas sobre os motivos. Pode ser uma coisa cultural. Quando estamos em digressão pela América os concertos são óptimos, os fãs são tão apaixonados como em qualquer outra parte do mundo, mas em sítios como a América do Sul e em partes da Europa e da Ásia, a dimensão das salas e o número de pessoas que vão aos concertos é consideravelmente maior. Refiro-me a tocar para 20 mil pessoas como cabeça-de-cartaz em oposição a cinco e seis mil”, relatou John Petrucci, que não dúvida que este facto foi potenciado pela banda.
“Existe uma diferença significativa. Em alguns casos foi algo que criámos. Por exemplo, no Reino Unido, a primeira vez que tocámos em Londres foi num clube. Fomos crescendo até ao ponto em que agora somos capazes de tocar como cabeças-de-cartaz e esgotar o estádio do Wembley. Às vezes é uma questão de trabalhar no duro”, apontou o músico de 44 anos natural de Nova Iorque.
Petrucci acrescentou ainda que foi benéfico a actuação em festivais de Verão na Europa. “Na Europa eles têm a oportunidade dos festivais, de que nós tirámos partido. Isso é algo que não fazemos nos Estados Unidos. Por isso, talvez estejamos a atingir muitas mais pessoas que nunca ouviram falar de nós”, explicou.
Petrucci referiu também a permeabilidade do público norte-americano aos media. “Nos Estados Unidos, apesar de estarmos gratos por termos uma grande base de seguidores, talvez a rádio e a televisão tenham um papel mais importante na expansão de uma banda. Noutros países talvez as pessoas amem verdadeiramente o metal e o hard rock e querem mesmo ir aos concertos, sem se importarem se as bandas passam na televisão ou na rádio.
