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Para Erik Rutan novo disco dos Hate Eternal roça a perfeição

O lendário vocalista/guitarrista e produtor da Florida, ex-elemento dos Morbid Angel nos meados 90, concedeu uma entrevista ao Metalunderground.org em que debate vários temas sobre o estado actual da banda e o lançamento do seu mais recente trabalho, “Phoenix Amongst The Ashes”, lançado a 10 de Maio pela Metal Blade,

“O feedback e as reacções têm sido bons. Os fãs estão contentes e nós também, e isso é o mais importante”, garantiu Rutan, sem mostrar, contudo, ter conhecimento do desenrolar das vendas do álbum.

Relativamente ao renovado line-up da banda, Rutan refere: “Já conheço o J.J. (Hrubovcak, baixista) há 12 anos. Trazê-lo para a banda foi algo inconsciente. Ele andava a tocar connosco há cerca de três anos. Ele assenta perfeitamente na banda. E trabalhar com o Jade (Simonetto, baterista) em mais um álbum foi fantástico. Como disse anteriormente, melhor mesmo só se o Jared (baixista, falecido de causa indefinida em 2006) ainda estivesse vivo e fossemos um quarteto a disparar em quatro cilindros”. Contudo, afiança: “(Ser um trio) Torna as coisas muito mais fáceis em várias perspectivas. Não só pessoais como musicalmente estão muito coesos. Vamos manter as coisas dessas forma daqui para a frente”.

Comparado com os anteriores trabalhos da banda, Rutan considera “Phoenix Amongst The Ashes”, “o mais dinâmico e focado”. “Tentámos torná-lo mais dinâmico e expandi-lo sem perder a intensidade que as pessoas esperam dos Hate Eternal. A maioria dos meus discos tinha coisas que eu depois gostava que tivessem ficado diferentes. Já este é dos nossos cinco o que está mais perto de me deixar completamente satisfeito”.

Sobre o peso de Jade substituir dois monstros da bateria como Tim Yeung e Derek Roddy, Rutan diz que este tem elementos dos dois ex-membros da banda “até um certo nível, pois toca a sua cena”. “O que eu gosto no Jade é que ele tem um certo groove nos seus pés, o fluir do seu trabalho de pratos – ele parece que está a fazer uma jam”, descreve Rutan. “O Tim era mais jazzy, mas um excelente baterista de death metal. O Derek tinha menos groove, era mais virado para fusões, quase que tocava música latina. O Jade é mais pesado e tem groove. Eu gosto disso. Ele consegue tocar pedal duplo rápido mas também adiciona um tom característico. O que posso dizer? Já toquei com os melhores bateristas, sendo o Pete Sandoval o número em termos de death metal”, acrescenta.

Sobre a temática do disco, Rutan confessa que “Phoenix Amongst The Ashes” é um álbum conceptual. “O nosso último álbum estava totalmente submerso no tema “morte” porque era o que me estava na mente depois do Jared ter morrido. Senti que este álbum era uma continuação, mas ao mesmo tempo u m princípio. A razão porque escolhi esse título em vez de phoenix rising é porque achei que a Fénix anda estava envolvida no processo de ressurreição.”

Erik Rutan referiu ainda que deixou os Morbid Angel no início do novo milénio para se poder concentrar convenientemente no seu estúdio e nos Hate Eternal. “Tinha começado a construir o estúdio uns anos antes da edição do “King Of All Kings” (2002), e entre os Hate Eternal e o estúdio – na altura estava num pequeno armazém – senti que para seguir a minha carreira como produtor e atingir o que queria com os Hate Eternal, tinha que deixar os Morbid Angel. Se eu tivesse um irmão gémeo ou um clone tinha continuado com eles”, esclareceu Rutan.

E o sucesso que acabou por atingir com ambos é notório. “Os Hate Eternal têm dinheiro suficiente para ir em digressão. Não o fazemos frequentemente porque tenho mesmo muito trabalho como produtor. Tenho a agenda cheia desde Janeiro com os Goatwhore, Cannibal Corpse e estou misturando o novo projecto a solo de George Kolias (baterista, Nile)”.

No entanto, enaltece: “Tenho um estúdio, o que é uma melhor forma de viver do que estar numa banda de death metal, mas adoro fazer digressões. Adoro tocar. Sou músico primeiro e continuarei a ser”.
Relativamente ao regresso em álbum dos Morbid Angel, com “Illud Divinum Insanus”, para o qual gravou seis temas, Rutan diz que ainda não ouviu o álbum na totalidade.
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